CARBONO MUSICAL 2: Robertinho do Acordeon & Seu Conjunto Serenata - Valsas Favoritas (1985)

sábado, 27 de abril de 2019

Robertinho do Acordeon & Seu Conjunto Serenata - Valsas Favoritas (1985)

Robertinho Do Acordeon - 1985 - Valsas Favoritas
Tamanho Do Arquivo: 56.1 MB
Vinil Sertanejo - Instrumental 

Álbum CID/Itamaraty - ITAM 2226

Trilhas:
01. Clube XV (Oscar A. Ferreira)
02. Salões Imperiais (Jacob Bitencourt)
03. Valsa Do Carrosel (Roberto Stanganelli - Maria Vitória)
04. Raio De Sol (Tafarella)
05. Santa Terezinha (Antenógenes Silva)
06. Revendo O Passado (Freire Junior)
07. Paulete (Robertinho do Acordeon)
08. Tesouro Mio (Emil Waldteufel)
09. Saudades De Petrópolis (Antenógenes Silva)
10. Ciribirin (A. Pestalozza)
11. Rapaziada do Brás (Alberto Marino)
12. La Spangnola (V. Di Chiari).

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Biografia & Dados Artísticos 
Robertinho do Acordeom (Instrumentista. Acordeonista)
José Carlos Ferraresi
9/1/1939 Lucélia, SP
3/1/2006 São Paulo, SP

Criado na cidade natal, cresceu ouvindo artistas como Tonico e Tinoco, Irmãs Castro, Palmeira e Luizinho, Mário Zan, Pedro Raimundo, Zé Carreiro e Carreirinho e outros, no serviço de alto-falantes da cidade. Seu bisavô foi maestro do teatro Scala, de Milão, Itália. Recebeu as primeiras iniciações musicais do seu tio Osvaldo Ferraresi, que seria posteriormente maestro da corporação musical em Guaraçaí. Em 1949, sua família mudou-se para Valparaíso para possibilitar seus estudos do curso ginasial. Lá, o pai o matriculou na escola de música de Armando Patti, seu primeiro professor. Nessa época, ouvia Luiz Gonzaga, que era a sensação do momento. Aos 20 anos, estudou por algum tempo com Ângelo Reale. Os estudos formais não foram muito além de um ano. Seus professores foram unânimes em afirmar que seu ouvido falava mais que as notas na pauta. Ainda em Valparaíso, aos 11 anos de idade, integrou o trio Palmeirinha, Lenço Verde e Zezinho, sendo ele, o Zezinho, sanfoneiro do trio. O trio fez tanto sucesso que o volume das viagens e apresentações levou seu pai a interferir, retirando-o das atividades, para não prejudicá-lo fisicamente e também nos estudos. Desfeito o trio, Palmeirinha foi para São Paulo, mudou de nome artístico e formaria a prestigiada dupla Tião Carreiro e Pardinho. Em 1951, sua família mudou para São Paulo e Robertinho continuou a carreira, passando a apresentar-se em programas de calouros em várias emissoras de rádio da capital paulista, como o "Calouros Piratininga", da Rádio Piratininga, o "Clube Papai Noel", na Rádio Tupi, o "Peneira Rodhine", na Rádio Cultura, "A hora do pato", na Rádio Nacional, e outros, obtendo sempre o primeiro lugar como instrumentista, Ao levar o primeiro gongo no programa "A hora do pato", então comandado por Manoel da Nóbrega, deixou de participar dos concursos e buscar a profissionalização.

Em 1953, foi convidado a substituir Albertinho (Alberto Calçada) no trio que este formava com Sertãozinho e Nhá Neide, passando a adotar o nome artístico de Robertinho. O trio Sertãozinho, Nhá Neide e Robertinho apresentou shows em São Paulo e no interior paulista, em circos e nos poucos cinemas existentes. Em 1955, o trio se desfez. Em seguida trabalhou com o humorista Nhô Belarmino, conhecendo a vida circense, nas tarefas de bilheteiro, secretário, cavador de buracos para armação do circo, locutor e autor de peças circenses. Em 1957, começou a trabalhar com Mazzaropi, com quem passou a se apresentar em todo o Brasil e com quem adquiriu conhecimentos do trabalho de palco, cinema e televisão.

Participou como músico e ator do filme "Chofer de praça", produzido e estrelado por Mazzaropi. Em 1959, ingressou como acordeonista em um conjunto de danças em Novo Horizonte (SP). Em seguida formou trio com Biá e Biazinho, trocando seu nome artístico para Roberto Carlos, nome com o qual gravou seu primeiro disco em 78 rpm com a música "Reginella Campanhola" e "Baião japonês". Logo em seguida, desfazendo-se o trio, formou outro com Cláudio de Barros e Nena Viana, abandonando logo o projeto para dirigir o conjunto orquestral Tabajara Ritmos, em Lins, (SP). Nessa época também participou do trio sertanejo Facínio, Lacerda e Roberto Carlos, além de atuar na gerência da Rádio Piratininga daquela cidade. Passou quase nove anos trabalhando no interior de São Paulo sem alcançar tranqüilidade financeira.

Voltou a São Paulo em novembro de 1970. Começou, então, a trabalhar com o cantor Waldick Soriano, acompanhando-o como acordeonista, organista e secretário. Gravou seu primeiro LP como solista de órgão, "Roberto e seu órgão interpreta Waldick Soriano", aproveitando playbacks das músicas de Waldick Soriano que foram cobertas pelo órgão. Nesse período conheceu a filha do ator de cinema e empresário circense Paulo Bonelli, Paulete, com quem se casou. Nesse período apresentou-se acompanhando Inezita Barroso em seu programa "Viola minha viola", na TV Cultura. Com a ida de Waldick Soriano para o Rio de Janeiro, Robertinho resolveu permanecer em São Paulo, ficando algum tempo trabalhando com cantores e duplas. A convite de Geraldo Meirelles participou com um regional no programa "Canta viola", na TV Record. Formou um regional com Niquinho, no trombone, Pedrinho, no cavaquinho, Miro, ritmista, e Josué, na viola de sete cordas. Foi o primeiro conjunto regional sertanejo na televisão brasileira e durou quatro anos. Nesse período começou a apresentar-se como organista na adega Lisboa Antiga, tornando-se sócio da casa. Exercendo a função de diretor artístico, levou para apresentarem-se na casa diversos artistas, como Altemar Dutra, Nélson Gonçalves, Carlos José, Carlos Galhardo, Rinaldo Calheiros, Leila Silva e outros, interferindo no papel da casa, que até então só apresentava artistas portugueses. Algum tempo depois deixou a adega para voltar a dedicar-se exclusivamente ao trabalho de instrumentista. Passou a apresentar-se no salão de festas Paganini em São Paulo. Nesse período começou a tocar em estúdio de gravações da Sagrasom, posteriormente Mastersom. Gravou durante algum tempo na gravadora Califórnia. Em estúdio de gravação tocou acordeom, orgão, vibrafone, marimba, gaita de boca, violão, contrabaixo, fez coral e arregimentação, ritmo e pequenos arranjos, além da produção de discos.

Em 1973, tornou-se produtor de discos. Trabalhou com Zacarias Mourão na gravadora CID no início dos anos 1980. Nesse período, lançou o LP "Calendário de valsas", pela CID, no Rio de Janeiro, produzido por Zacarias Mourão. Gravou também com José Fortuna e Pitangueira o último LP da dupla, "Paineira velha", na PolyGram. Fez parte do programa "Canta viola", na TV Record, como jurado, juntamente com José Fortuna. Gravou com várias duplas sertanejas entre elas, Silveira e Barrinha, Silveira e Silveirinha, Tonico e Tinoco, Leo Canhoto e Robertinho, Cascatinha e Inhana, Pedro Bento e Zé da Estrada, Zé Tapera e Teodoro, Zé do Rancho e Zé do Pinho, Duo Glacial, Teixeirinha, Moreno e Moreninho, Abel e Caim, Sérgio Reis, Marcelo Costa, Irmãs Galvão etc. Gravou também com a cantora Ângela Maria. 

Na área de produções independentes gravou com centenas de duplas, trios, cantores, além de um grande número de produções evangélicas. Atuou de forma efetiva com conjunto regional em vários programas de rádio e TV, inclusive o "Festa na roça", comandado por Tonico e Tinoco ao longo de 40 anos, como instrumentista. Desenvolveu inúmeras atividades no campo da música, afirmando-se como requisitado músico. Com mais de 25 discos gravados, incontáveis shows solo, e acompanhando inúmeros artistas pelo país, em 2005, já consagrado como instrumentista oficial do programa semanal "Viola, minha viola", de Inezita Barroso, onde, além de apresentar números com seu regional, acompanhava os artistas que visitam o programa, além da própria Inezita, que o chamava carinhosamente de compadre, integrou o elenco das comemorações dos 25 anos do programa, juntamente com seu regional. Faleceu no Hospital Albert Sabin em São Paulo vítima de câncer no pulmão pucos dias antes de completar 67 anos de idade, a maior parte deles dedicados à música sertaneja da qual foi um dos principais acordeonistas. Na semana de seu falecimento, o programa "Viola, minha viola", prestou-lhe grande homenagem, dedicando todo o espaço daquela edição na reprise de imagens do músico tocando e mostrando seu virtuosismo, nas numerosas apresentações no programa, através dos 20 anos de participação no mesmo.

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