CARBONO MUSICAL 2: As Mais Belas Valsas Eternas (1998)

sábado, 17 de março de 2018

As Mais Belas Valsas Eternas (1998)

As Mais Belas Valsas Eternas
Artista: Vários Intérpretes
Lançamento: 1998
Gravadora: Movieplay do Brasil
Selo: BRASIS - BR 1081
Produção: Roberto Stanganelli

01- Salões Imperiais - Manuel Marques 
02- Primeiro Amor - Dante D'Alonzo 
03- Rapaziada do Brás - Carlinhos Mafasoli 
04- Club XV - Robertinho do Acordeon 
05- Saudade de Santos - José Bétio 
06- Subindo o Céu - Evandro do Bandolim 
07- Branca - Roberto Stanganelli 
08- Cielito Lindo - Roberto Moreno 
09- Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda - Lord Wilson 
10- Alma Desesperada - David Saidel 
11- Se Ela Perguntar - Carlinhos Mafasoli 
12- Saudade de Laguna - José Bétio 
13- Por Que Sofrer - Alfredo Grossi 
14- Abismo de Rosas - Manuel Marques 
15- Só Pelo Amor Vale a Vida - Grupo Nostálgico 
16- Flor do Mal - Evandro do Bandolim 
17- Sob o Céu de Paris - Manuel Marques.   

A História da Valsa no Brasil
A história da valsa brasileira - e latino-americana - é curiosa. O gênero chegou ao Brasil com a Família Real Portuguesa, no início do século 19. Teve como primeiro cultivador o Imperador Dom Pedro I. Quando já tinha desaparecido de outras partes do mundo, começou o século 20 como o gênero romântico por excelência, se impondo sobre a modinha, a toada e a seresta e só perdendo o posto para o samba-canção nos anos 40. Poucos gêneros produziram tantas obras-primas no século, quanto a valsa.

No início do século, já era o gênero brasileiro mais avançado ao lado do choro. É só conferir "Subindo aos Céus", "Revivendo o Passado", de Freire Júnior, "Ave Maria", de Erotides Campos, as valsas eruditas de Ernesto Nazareth, alguns anos depois as valsas singelas de Zequinha de Abreu, o "Rapaziada do Braz", de Marino Júnior, o "Abismo de Rosas", de Américo Jacomino, "Rosa", de Pixinguinha, as valsas-serestas de Cândido das Neves. No campo da valsa-seresta, ainda, há o imbatível "Chão de Estrelas" e "Arranha Céu" (ambas de Sïlvio Caldas e Orestes Barbosa). Francisco Mignone compôs um conjunto precioso de valsas-choro, na série Valsas da Esquina.   


Na formação clássica dos regionais, é gênero tão cultivado quanto o choro, embora não tenha conseguido se modernizar na forma. Nos anos 40, Garoto ("Desvairada") e Jacob do Bandolim ("Feia", "Salões Imperiais") tentaram injetar ânimo novo no gênero, mas em vão. Mesmo assim surgiram preciosidades modernas, como o "Valsa de uma Cidade" (Ismael Netto e Antonio Maria). Nos anos 70 e 80 foram compostas algumas das mais belas valsas da história, como "Luiza" (Tom Jobim), "Beatriz" (Chico e Edu), mas como produção esporádica, sem ressuscitar o gênero.

O cantor Carlos Galhardo (1913-1985) foi considerado o "rei da valsa" no país, assim como o compositor José Maria de Abreu, autor do clássico "Boa noite, amor", em parceria com Francisco Matoso, com quem compôs outras 37 músicas.

Matoso morreu jovem, em 1941, com apenas 28 anos. Além desse clássico, em parceria com Lamartine Babo compôs "Eu sonhei que tu estavas tão linda" e uma penca de músicas com o grande pianista Nono, tio dos irmãos Peixoto.

O repertório de valsas de Galhardo foi imbatível. Desde "Cortina de veludo" (Paulo Barbosa e Osvaldo Santiago), "O Destino Desfolhou" (Gastão Lamounier e Mário Rossi), "Nós queremos uma valsa" (Nássara e Frazão) e sua gravação mais famosa, "Fascinação" (versão de Armando Louzada para a valsa de Marchetti).

Todos os grandes cantores até os anos 50 passaram pela valsa, assim como os grandes compositores do século. Lamartine Babo ("Eu sonhei que tu estavas tão linda", com Francisco Matoso), Ary Barroso ("Canta Maria"), Claudionor Cruz e Pedro Caetano ("Caprichos do Destino").

Algumas das mais belas valsas brasileiras foram compostas por compositores que ticaram pouquíssimo conhecidos fora dos círculos dos iniciados. É o caso de Jorge Faraj (1901-1963), que, com Newton Teixeira (1916-1990) compôs um de nossos clássicos prediletos, "A Deus da Minha Rua".

Outros dois, extraordinários, foram Roberto Martins e Mário Rossi, compositores de alta qualidade. Juntos, compuseram uma das mais belas valsas brasileiras, o "Bodas de Prata" ("Beijando teus lindos cabelos / Que a neve do tempo marcou / Eu tenho nos olhos molhados / A imagem que nada mudou / Estavas vestida de noiva Sorrindo e querendo chorar ...")

Aldo Cabral foi outro autor fundamental, parceiro de Benedito Lacerda em "Boneca". Saint-Clair Senna, de quem não se consegue nada, nem na Internet, compôs "Misterioso Amor", entre outros clássicos de Galhardo.

J. Cascata e Leonel Azevedo conseguiram maior sucesso. É deles "Lábios que Beijei", interpretação clássica de Orlando Silva. Sadi Cabral, que cheguei a assistir, já idoso, como ator de novelas da Globo, compôs a valsa predileta do meu avô, "Velho Realejo", em parceria com Custódio Mesquita.

FONTE DA PESQUISA:

2 comentários:

  1. http://download1490.mediafire.com/waesrk14aqrg/oczsrdz4dockkf6/ES-As+Mais+Belas+Valsas+Eternas.rar

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  2. Boa noite. Poderia nos conseguir novo link? Permissão denied.

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