CARBONO MUSICAL 2: Os Chinchilas - Antologia (1967-1970)

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Os Chinchilas - Antologia (1967-1970)

01 - I'm A Believer (Os Chinchilas) - 1967
02 – Crying (Os Chinchilas) - 1967
03 - Don't Want You No More (Os Chinchilas) - 1968
04 - Let Me Live My Life (Os Jets) - 1967
05 - Ring Stone Eyes (Os Chinchilas) - 1968
06 - O Urso Ki (Os Chinchilas) - 1968
07 - Calmas São As Imagens (Os Chinchilas) - 1968
08 - Lovin' You (Os Jets) - 1967
09 - Chase Your Blues Away (Os Jets) - 1967
10 - Take That Trains (Os Chinchilas) - 1967
11 - Marry Me (Os Chinchilas) - 1967
12 - Green, Green (Os Jets) - 1967.


Os Chinchilas - Antologia (1967-1970), é uma compilação particular que reúne os temas interpretados por esta excelente banda portuguesa, entre 1967 e 1970.

Os Chinchilas foi uma banda portuguesa liderada pelo “grande” Filipe Mendes (Phil Mendrix), um verdadeiro ícone da «arte eléctrica de ser português», considerada das poucas bandas que abraçou o som psicadélico em Portugal. De 1967 a 1970, editaram 1 EP e 3 singles, todos para a editora Tecla. Participaram ainda em duas colectâneas. 
A banda de Filipe Mendes actuou gratuitamente no Festival de Vilar de Mouros de 1971, extra concurso.

O grupo durou de 1965 a 1970. Filipe Mendes, era apelidado de “Mendrix” devido à admiração que tinha por Jimi Hendrix. Outros elementos foram Victor Mamede (bateria, mais tarde ligado à televisão), Zé Chopin (que mais tarde foi director da programação musical do Casino Estoril) e o baixista dos Ferro e Fogo. O maior sucesso do grupo foi uma versão de «I’m a Believer» dos Monkees.

Os Chinchilas foram a primeira plataforma para o talento de Filipe Mendes. Depois dos Chinchilas, havia de formar os míticos Heavy Band no início dos anos 70. Segundo ele, as suas influências foram os Beatles e os Stones e mais tarde os Cream e o Jimi Hendrix. Continua activo e tornou-se um verdadeiro militante da causa rock em Portugal. Com os Chinchilas editou em 1971 o single «Barbarella», que Filipe Mendes ainda hoje considera o melhor dos seus registos na década de 70, explorando o formato de power-trio que continuaria com a Heavy Band, grupo que criou em 1972 com Zé Nabo e João Heitor. Esta formação ganharia mesmo estatuto mítico, por causa de distantes relatos de incendiários concertos e também porque os dois singles que gravaram só tiveram edição em Angola, factor que contribuiu para uma certa raridade e consequente procura. Filipe Mendes faria ainda parte da única formação dos Psico que ficou registada para a posteridade (com a edição do single «Al» em 1978) e dos Roxigénio, que editariam já depois do virar da década, em 1980. O nome de Phil Mendrix começou também a constar no line-up dos Irmãos Catita e Ena Pá 2000. 

Em resumo: 

1967 - Formação: em Carcavelos, os Chinchilas foi um grupo pioneiro da onda do rock psicadélico em Portugal. Gravam o EP – I’m a Believer/Take That train/Crying/Marry me. 
1968 – Gravam 2 singles: Calmas São as Imagens/Don’t Want You No More e Ring Stone Eyes/O Urso Ki. 
1970 – Gravam o single D.João/Barbarela.
1971 - Os Chinchilas tocam no primeiro festival de Vilar de Mouros. Sai o único single editado pelos Chinchilas, com os temas «Barbarella» e «D. João» (Tecla). O disco surge já numa fase descendente da banda.
1972 - 0 grupo dissolve-se e Filipe Mendes parte para outras iniciativas musicais. Hoje continua activo. Toca com os irmãos Catita e participou, em Março de 1977, numa homenagem a Jimmy Hendrix organizada pelos Chinchilas. 
Os “Chinchilas” participaram ainda no “Grande Concurso Yé-Yé” realizado em Lisboa em 1966, no Teatro Monumental, tendo obtido o 6º lugar. A classificação final foi a seguinte:

1.° Claves, 55 pontos (pontuação máxima)
2.° Rocks (de Angola, com Eduardo Nascimento), 45
3.° Night Stars (de Moçambique – Prémio Peninsular), 39,5
4.° Jets, 35
5.° Ekos, 29,5
6.° Chinchilas, 29
7.° Espaciais, 18
8.° Tubarões, 18. 

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