CARBONO MUSICAL 2: Bob Nelson & Seus Rancheiros - Vaqueiro Alegre (1959)

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Bob Nelson & Seus Rancheiros - Vaqueiro Alegre (1959)

01.Oh Suzana (6:00)
02.Sarita (5:89)
03.Um Vaqueiro Na Cidade (5:56)
04.Um Samba na Suíça (5;16)
05.Bela Gaúcha(5:83) 
06.Cowboy do Amor(6:14)
07.Cavalinho de Estimação (4:43)
08.Catavento (6:69)
09.Quadrilha (6:90)
10.Vaqueiro Alegre (6:10)
11.Pingo de Raça (6:71)
12.Trolinho (Upa, Upa) (5:29)

Bob Nelson
Nelson Roberto Perez
12/10/1918 Campinas, SP 
+ Rio de Janeiro, RJ (26/08/2009)

BIOGRAFIA
Nascido em Campinas (SP), iniciou cedo a imitar o americano Gene Autry, fazendo sucesso imediato com a versão para Ó Suzana feita por ele. Em seguida, já em São Paulo, trocou o nome Nelson Perez por Bob Nelson e, na onda da guerra, e do esforço oficial pró-americanos, conquistou espaço e simpatia nacional. Iniciou a carreira artística cantando na Rádio Educadora de Campinas (SP), no início dos anos de 1940. Em seu início de carreira, atuou ao lado do então desconhecido sanfoneiro Luiz Gonzaga. Também nos anos de 1940, participou dos filmes "Segura esta mulher" e "Este mundo é um pandeiro", de Watson Macedo.Na mesma época, fez parte de do conjunto vocal "Grupo Kacique", que inspirava-se nos moldes dos conjuntos "Bando da Lua" e "Anjos do Inferno". Começou a fazer sucesso a partir de 1942, quando ganhou o primeiro prêmio no programa de calouros "A Hora da peneira", organizado e dirigido por Roberto Corte Real na Rádio Cultura de São Paulo, cantando uma adaptação de sua autoria para a composição "Oh! Suzana", do maestro norte-americano Stephen Foster. Esta música de ritmo lento foi feita durante a Guerra Civil Americana como tema do Sul. Nelson adaptou-a em ritmo country, tornando-a sucesso internacional, com discos vendidos na França, Inglaterra, Portugal e Estados Unidos. Adotou o estilo Gene Autry, que era seu ídolo, com roupa de vaqueiro, dois revólveres do lado e um chapelão na cabeça. Inventara, ainda, uma marca sonora adaptada dos cantos tiroleses, ouvidos num filme de Tyrone Power. Começou a receber prêmios e a vencer concursos de calouros, até chegar na Rádio Tupi de São Paulo. 
Na Tupi, recebeu de Assis Chateaubriand um cheque para comprar um traje completo de vaqueiro e se apresentar ao comandante, chefe das tropas americanas no Atlântico Sul naqueles anos de guerra, o General Douglas Mac Arthur. Ainda em 1943, já adotando o nome artístico de Bob Nelson inspirado do nome do famoso ator de Hollywood Robert Taylor, foi para o Rio de Janeiro, levado pelo ator Ziembinsky para cantar no Cassino Atlântico, cantando também no Cassino da Urca, Cassino Icaraí e no Clube Quitandinha. Ouvido por Haroldo Barbosa foi indicado para ser contratado pela Rádio Nacional, onde fez grande sucesso permanecendo por 29 anos. 

Em 1944, gravou seu primeiro disco pela RCA Victor, onde interpretou a canção "Oh! Suzana" e a valsa "Vaqueiro alegre", de Kanter, em versão de Bob Nelson e Vitor Simon. Em 1945, gravou o foxtrote "Okey Jones", de Vito Bonny, Osvaldo França e Carlos Armando, e a marcha "Minha linda Salomé", de Denis Brean e Vitor Simon. Muitas de suas gravações foram feitas com o título de "Bob Nelson e seus Rancheiros". Em 1946, gravou com seus "Rancheiros" a marcha "O boi Barnabé", de Vitor Simon e Bob Nelson, que foi um grande sucesso e a canção "Vaqueiro do Oeste", de sua autoria e Stephen Foster. Em 1947, gravou as marchas "Alô beleza", de Roberto Martins e Frazão e "Como é burro o meu cavalo", de Denis Brean e Osvaldo Guilherme. Em 1949, fez temporada na Rádio Jornal do Comércio no Recife, acompanhado do Conjunto Regional da mesma rádio do qual faziam parte Sivuca, Jackson do Pandeiro e Luperce Miranda. 

Em 1950, gravou as marchas "Vaqueiro apaixonado", de Valdemar de Abreu, o "Dunga", e "Meu cavalo pangaré", de Arlindo Marques e Roberto Roberti. No mesmo ano, gravou acompanhado de "Seus Rancheiros", as marchas "Índio de paletó", de Pedro Reys e Mary Monteiro e "Cri-cri", de Klécius Caldas, Armando Cavalcanti e David Nasser. No mesmo ano, o grupo vocal "Quatro Ases e Um Coringa" gravou o baião "Zabumba", de sua autoria. Em 1951, teve o baião "Sá Dona", feito em parceria com Sebastião Lima gravado por Stelinha Egg. Em 1952, gravou o corrido "Aventura de cowboy", de Luís Bandeira e Luiz Maranhão. No mesmo ano, gravou com "Os Cariocas" os foxes "Meio-dia", de Washington e Tiomkin, versão de Mesquita e "Louisiana", de sua autoria e Cid Silva. 


Em 1964, gravou a marcha "Notícias do Pafúncio", de Buci Moreira e Airton Montenegro. Gravou canções alegres e animadas, que tiveram boa aceitação do público. Foram sucesso, entre outras, "Vaqueiro Alegre", "Alô xerife", "Eu tiro leite" e a clássica "Oh! Suzana". Foi o primeiro artista a fazer a fusão entre o caipira brasileiro e o country americano. Foi ídolo da adolescência de artistas que mais tarde marcariam história no movimento musical da Jovem Guarda, como Roberto Carlos e Erasmo Carlos e outros, que utilizavam botinhas e cinturões, inspirados no seu estilo. Roberto e Erasmo fizeram a composição "A lenda de Bob Nelson", em sua homenagem, gravada por Erasmo Carlos em LP em 1974. Desfilando durante anos seguidos como integrante da diretoria da G.R.E.S. Império Serrano, do Rio de Janeiro e sendo saudado em todas as rodas artístico-musicais como ser humano fraterno e bem-humorado, reside em Copacabana, no Rio de Janeiro, trabalhando ainda na representação de óculos. Em 1996, teve lançado pelo selo Revivendo o CD "Vaqueiro alegre", coletânea de seus sucessos. Em 2002 prestou histórico depoimento ao MIS. Ficou conhecido como "O vaqueiro alegre".

Em 2006, sua toada "Bença mãe", foi gravada por Dominguinhos no CD "Conterrâneos. (DICIONÁRIO DE CRAVO ALBIN DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA)

Morreu em uma sexta-feira (26/08/2009), aos 90 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória. (FAMOSOS QUE PARTIRAM)

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

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